Quando minha primeira filha foi para escola ela tinha 3 anos. Após alguns meses acreditei que seu desenvolvimento da fala estava diretamente relacionada com sua entrada na escola. Sabe aquela frase “depois que entrou na escola ele se desenvolveu tão bem”? Eu também falei.
O fato é que apesar de sempre trabalhar com pediatria e saber sobre o marco do desenvolvimento da fala aos 3 anos, eu estava, como todos, associando desenvolvimento neurológico e escola.
O mundo dá voltas e graças a Deus sempre é tempo de derrubar alguns mitos. Os meus filhos mais novos nunca frequentaram a escola, e eu pude acompanhar todo o amadurecimento neurológico deles em casa, claro, mantendo o acompanhamento de rotina com o pediatra. E lembro-me perfeitamente quando o meu quarto filho, próximo da idade de 3 anos começou a falar de tudo, a conversar, a formar frases com os tempos verbais corretos, a usar artigo, preposição, pronomes etc. Ele acordou um dia, e sem mais nem menos, começou a falar. Não parou nunca mais.
Nos primeiros 4 anos de vida da criança seu amadurecimento neurológico está aceleradíssimo e a cada momento surgem habilidades, descobertas e o aprimoramento de capacidades.
Nós somos os expectadores deste maravilhoso florescimento. Quando os pais oferecem um bom ambiente familiar para as crianças, ensinando-os a escovar os dentes, a pentear o cabelo, a vestirem-se sozinhas, a comerem de tudo, motivando brincadeiras, estimulando conversas, ensinando musiquinhas e lendo com eles, verão que se desenvolvem não devido a escola, mas simplesmente porque estão sendo estimulados corretamente. Andarão, falarão e aprenderão como os humanos sempre fizeram por milhares de anos até o surgimento da escolarização compulsória. O ser humano tem sede de aprender, e o aprendizado transcende a escola.
Sabe porque não assistimos o desenvolvimento dos nossos filhos em casa? Simplesmente porque estavam na escola.
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