Ameaça, chantagem e consequência.
Muitos pais procurando maior eficiência em suas ordens acabam caindo em um péssimo expediente, o de ameaçar e chantagear emocionalmente seus filhos. Ao invés de estabelecerem um ambiente com regras claras e consequências previsíveis, habituam-se a “espontaneidade” e ao puro arbítrio das decisões tomadas no calor do momento. Ainda que no curto prazo as ameaças e chantagens emocionais tenham lá seu resultado, no médio e longo prazo elas corroem os vínculos familiares, minam a autoridade e destróem o respeito. Isso sem falar nas incontáveis possíveis sequelas afetivas, psíquicas e emocionais nas crianças.
As ameaças sempre se apóiam em uma punição desproporcional, raramente podem ser cumpridas e na prática revelam-se mentiras. As chantagens emocionais se apóiam em uma manipulação do mais forte para com o mais fraco, que é incapaz de perceber o artifício da pressão de abuso psicológico em curso.
As consequências, ao contrário das ameaças e das chantagens, se apóiam em uma correção racional, proporcional e adequada à injustiça cometida. Elas tem como objetivo preservar a liberdade da criança dando-as a oportunidade de agir de forma consciente e deliberada. Essa prática, baseada em regras claras e racionais, educam nossos filhos para a vida real, que não está livre de consequências. Quem ameaça e chantageia busca a própria comodidade. Quem estabelece regras claras com consequências previsíveis e adequadas busca o bem do outro.
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