Luzeiro na vida dos filhos.
Você quer filhos seguros, com uma consciência sólida, capazes de, no futuro, tomarem decisões acertadas? Então seja a referência moral deles agindo conforme você fala.
Quando um filho vê no seu pai/ mãe, uma pessoa de virtude e de caráter, que não instrumentaliza nem manipula ninguém para proveito próprio, e que age habitualmente com coerência - ou seja, não mente - ele se sente naturalmente inclinado a segui-lo. O motivo é simples: você construiu na cabeça do seu filho a percepção de que é o tipo de pessoa que não desaponta. Nunca.
Por isso mesmo seus filhos te seguem. Não porque possuem medo de punições ou de castigos mas porque conseguem perceber que é altamente vantajoso ouvir e seguir suas orientações.
Se você quer filhos desorientados na vida, seja um pai/ mãe ausente e incoerente. Não esteja nunca presente no seu dia a dia, não largue o celular enquanto ele te conta animado as descobertas que fez no quintal e ainda por cima, faça promessas que não irá cumprir. Ameace um castigo e depois volte atrás. E de novo. E de novo. Ensine que suas posições são inconstantes e movidas pelo sentimento. Dê reprimendas sem autocontrole, no calor do momento. Mostre ao seu filho que ele deve sempre fazer o que você fala, mas nunca o que você faz. E lembre-se: grite toda vez que ele te desagradar, assim seu filho te ouvirá por puro medo, e te esconderá tudo.
Veja, você não precisa ter nem filhos desobedientes, que te enfrentam a cada ordem, nem filhos que te obedecem por medo, como máquinas sem alma ou vontade própria. Você pode ter filhos que te seguem porque confiam em você e porque sabem que segui-lo é uma atitude lógica e inteligente. Você não precisa ser perfeito para ser seguido, desde que saiba reconhecer quando errou. Quando essa retificação for feita com humildade, isso reforçará ainda mais a percepção de que você é a referência moral que não desaponta.
Nós, pais, somos chamados a sermos luzeiros na vida dos nossos filhos. Guias, referências seguras, sempre prontas para apontar a direção com nossas vidas retas e empenhadas em amar. Se não desistirmos dessa vocação, nossos filhos não se perderão.